A União do Apostolado Católico (UAC) foi fundada em 1835 em Roma pelo sacerdote italiano São Vicente Pallotti e um grupo de padres e colaboradores leigos (a data oficial da criação da Obra é 4 de abril de 1835). Eles perceberam que o mandamento do amor também inclui cuidados da salvação eterna do próximo, assim como da própria salvação. Dedicaram-se completamente à santificação de si e a dos próximos. Percebendo, entretanto, que normalmente o bem que fazemos sozinhos é limitado, incerto e de curta duração, eles decidiram juntar-se em amor cristão para criar o Pia União do Apostolado Católico. Estabeleceu-se o objetivo:

  • Espalhar a fé e religião de Jesus Cristo entre todos os não-crentes e não católicos;
  • Reviver, manter e multiplicar a fé entre os católicos;
  • Realizando todas as obras de misericórdia para que Deus seja conhecido em cada pessoa.

Para cooperar nesta Obra, queriam convidar a todos: leigos e clérigos, pessoas de vários estados e profissões, mulheres e homens. Pois o apostolado foi por eles percebido como uma tarefa universal em que todos os membros da Igreja podem e devem estar envolvidos com o mesmo compromisso. Na época de Pallotti, no entanto, a Igreja prevaleceu na tendência de que o apostolado era o domínio do clero. Foram necessárias décadas de amadurecimento para compreender o carisma palotino na Igreja e entre os herdeiros espirituais de São Vicente Pallotti.

Fundando a União, Pallotti não pretendia criar uma nova instituição na Igreja, mas sim revitalizar os existentes e torná-los mais eficazes em seu apostolado, servindo incansavelmente de amor, onde fosse possível, construindo unidade e cooperando com os outros no apostolado. Para São Vicente Pallotti, o fundamento da unidade da União é um chamado para viver no amor e zelo apostólico. É por isso que o vínculo na União é acima de tudo um amor competitivo, com um mínimo de estruturas organizacionais.

Uma nova perspectiva para o desenvolvimento do carisma palotino foi criada pelo Concílio Vaticano II. Ele confirmou a visão da Igreja e a compreensão do apostolado nos termos de Pallotti. Por ocasião de sua canonização em 1963, durante o Concílio, o Papa João XXIII apelou para o fundamento universal da obra de Pallotti: todos os membros da Igreja são obrigados a cooperar para que todos possam alcançar a salvação e todos trabalhem juntos neste serviço de amor.

O Concílio Vaticano II foi para os herdeiros espirituais de São Vicente Pallotti, uma inspiração para uma devoção mais profunda ao carisma que lhes foi confiado. Este caminho espiritual levou ao estabelecimento da União do Apostolado Católico em toda a Igreja como uma associação pública internacional de fiéis sob a lei papal. Isso foi feito pelo Pontifício Conselho para os Leigos, por decreto de 28 de outubro de 2003. O mesmo Conselho, em 28 de outubro de 2008, aprovou definitivamente o Estatuto Geral da União do Apostolado Católico. Fortalece ele a unidade de toda a Obra de Pallotti e mostra sua missão profética. Coloca o carisma palotino no atual contexto da Igreja e do mundo.

A espiritualidade específica da União é expressa no seguimento de Cristo, o Apóstolo do Pai Eterno. Vivendo em espírito de fé e amor, os membros da União vivem em união com Cristo crucificado e ressuscitado, presentes entre eles; tentam imitar seu amor pelo Pai e por todas as pessoas e querem implementar seu estilo de vida e apostolado perfeitamente no mundo de hoje. Aqueles que imitam a Jesus no apostolado devem ser caracterizados e refletidos em sua vida de oração e solidão, Sua atitude filial, perfeita obediência ao Pai, Sua humildade, pobreza e prontidão para o sacrifício, Seu sacrifício pela salvação de todos e sua fidelidade até morte. Jesus deseja ardentemente atuar no povo e pelo povo.

A União está aberta a todas as pessoas. Para Pallotti, o próximo é cada pessoa capaz de reconhecer Deus e amá-lo. Cada pessoa é uma imagem única de Deus e é chamada ao apostolado. Todos têm a capacidade de responder ao amor de Deus e compartilhá-lo com os outros. Ninguém é tão pobre que não possa enriquecer o próximo e ninguém é tão rico que não precise da ajuda de outros. A União tem uma forma universal porque:

  • Incentiva todos a ajudá-los a realizar seu chamado pessoal;
  • Usa todos os meios temporais e espirituais para alcançar seus objetivos;
  • Tenta remediar todas as necessidades apostólicas;
  • Dedica-se inteiramente ao bem temporal e eterno da pessoa;
  • Está aberto a todos os tipos de vocações e formas de vida comunitária.

O método de operação de União é a cooperação. As tarefas ilimitadas e as dimensões globais do apostolado fazem com que a ação conjunta das pessoas não seja apenas útil, mas também indispensável. Para Pallotti, cooperação é um dom de Deus, o mais precioso, o mais importante e exige muito empenho por parte da pessoa. Em primeiro lugar, esse dom nos permite cooperar com Deus. O próprio homem, sem a Sua graça, não pode crer nem amar e, portanto, não é capaz de empreender o apostolado e não está aberto a ele. O dom de cooperação com Deus nos capacita e nos impele a agir em conjunto com outras pessoas.

A União prefere a cooperação desde o início, o que significa que as pessoas envolvidas na tarefa, desde o início, andam juntas: juntas analisam a situação, percebem a necessidade de agir juntas, tomar decisões e implementá-las. A cooperação, empreendida sempre e em toda parte com Deus e com todo ser humano, é uma habilidade que os membros da União aprendem ao longo de suas vidas no processo de formação permanente.

Os membros da União, conscientes de que todos são chamados à santidade e ao apostolado, e que existem muitas formas e graus de resposta ao chamado de Deus, derivam o poder da oração:

  • Viver a espiritualidade da comunhão;
  • Abertura ao diálogo;
  • Trabalhando em conjunto com todas as pessoas de boa vontade;
  • Confiar em Deus que – quando os esforços humanos parecem falhar – pode trazer o bem de todas as situações;
  • Vivendo em espírito de fé as provações e dificuldades da vida quotidiana, a fim de unir-se ao mistério pascal de Cristo.

A Padroeira da União e o modelo perfeito de vida espiritual e zelo apostólico é a Bem-Aventurada Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos.

O Conselho de Coordenação Geral da UAC consiste em:

Membros ex officio:

Pe. Jacob Nampudakam SAC (Reitor Geral da Sociedade do Apostolado Católico),

Ir. Ivete Garlet CSAC (Superiora Geral das Irmãs do Apostolado Católico),

Ir. Josephine D’Souza SAC (Superiora Geral das Irmãs Missionárias do Apostolado Católico).

Membros eleitos:

  • Pe. Jacob Nampudakam SAC – Presidente,
  • Senhora Gabriela Acerbi (Itália) – Vice- presidente,
  • Ir. Liberata Niyongira SAC (Ruanda),
  • Pe. Rory Hanly SAC (Irlanda),
  • Senhor Mark Brolly (Austrália),
  • Pe. Gilberto Orsolin SAC (Brasil),
  • Ir. Helena Pimenta CSAC (Brasil),
  • Pe. Florent Eloundou SAC (Camarões),
  • Senhor Michał Grzeca (Polônia),
  • Senhora Linda Barikmo (EUA),
  • Senhor Dominik Cherukara (Indie),

Substitutos:

  • Senhora Rosita Cipolla (Itália),
  • Senhor Marek Kalka (Polônia),
  • Senhora Brigitte Proksch (Áustria).

O Conselho de Coordenação Nacional no Brasil:

  • Presidente: Dayse da Conceição Barros da Conceição
  • Vice- presidente: Padre Francisco José Marques Filho SAC
  • Secretária: Daniele da Silva Carvalho
  • Vice- Secretária: Ir. Marinês Pivatto CSAC
  • Ecônomo: Leossandro Carlos Adomiski
  • Conselheiro: Júlio A. Lourenço
  • Conselheira: Vera Regina Tavares Santos
  • Conselheira: Maria A. Pereira
  • Conselheira: Ir. Maria do Espírito Santo da Silva

Compõe o conselho de forma ex ofício Pe. Gilberto Antônio Orsolin ( vice presidente geral da UAC) e Pe. Valdeci Antônio de Almeida (Promotor da formação no Brasil).

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